segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Você, como RPGista, considera-se um marginalizado pela sociedade?

Estava no meio de uma discussão boba numa comunidade do Orkut quando li a seguinte pérola:

"...somos orfão no mundo do rpg pois não somos amparados com material e marginalizados pela sociedade sem direito a resposta..."

O autor é um realizador de eventos de RPG. Isso me irritou profundamente mais do que o assunto da conversa.

Órfão? Sim, sou órfão de pai. Órfão de RPG? Ah, fala sério...

Eu não sou um coitado desamparado, mas vá lá! O cidadão talvez esteja se referindo ao pouco(???) material nacional de RPG, mas já acho isso furadíssimo. Temos quatro ou cindo editoras no mercado atualmente, vários sistemas e cenários vendidos em português.. ou será que não é nesse sentido que ele esta falando?

Bom, se o caso é porque, sei lá, a Devir não traduziu todos os livros de D&D que ele queria, ou a Daemon diminuiu o suporte para Trevas, ou qualquer outra coisa, não justifica essa resposta. Mas o texto continua...

Como assim, marginalizado pela sociedade? Eu não me sinto marginalizado. Quantos aí são perseguidos pela sociedade por jogarem RPG? quantos são realmente hostilizados por jogarem RPG?

Esse papo de se considerarem coitados dos RPGistas perseguidos pela mídia pra mim não cola. Já dei várias entrevistas e tirando uma para a Bandeirantes no programa Dia a Dia, em nenhum lugar fui hostilizado ou ridicularizado. E é tolice dizer que sofremos perseguição quando em tantos lugares temos exemplos do RPG conseguindo seu lugar tanto na sociedade como na mídia.

Para citar alguns exemplos, em São Paulo temos o apoio da prefeitura para eventos da MegaCorp (workshops de RPG no CCSP), Confraria das Idéias (oficinas de Live Action), Núcleo de RPG (RPG & Cultura no CCJ, apoiado pelo Projeto VAI) e algumas das ações da LUDUS, como O RPG nos CEUs, Simpósios RPG & Educação e o evento que venho realizando na Bilbioteca Monteiro Lobato. Em João Pessoa-PB já tivemos três edições do RPG & Cultura, sendo que o evento faz parte do calendário oficial da cidade, assim como o RPGA de Araraquara. Por todo o Brasil temos eventos de RPG, vários deles com algum apoio de prefeituras, como em algumas cidades participantes do Dia D RPG.

Sobre uma possível perseguição da igreja ao RPG, lembro que meu amigo Bruno Neves realizou uma oficina de rPG numa escola evangélica em Belém-PA. Aqui eu fui algumas vezes no Colégio Padre Moye, escola católica onde acontecia todo ano um encontro de RPG. Aqui em São Paulo o EIRPG acontece dentro do Liceu Arquidiocesano. Então, como funciona essa perseguição ao RPG?

Algum tempo atrás,quando colaborava com a DB do meu amigo Sílvio Compagnioni eu fiz algumas perguntas para uma seção da revista que iria se chamar Sua Opinião. Pensei em chamar aquele pessoal outra vez e perguntar o que eles acham sobre isso, mas reentemente o computador aqui de casa queimou e eu perdi muitos endereços, mas vou tentar encaminhar ara alguns deles e chamar outros nomes também. Planejo postar aos poucos aqui na medida que forem chegando as respostas e estimulo a todos que quiserem a participar também. Na barra lateral há uma enquete sobre isso, "clique" lá sua opinião e se quiser ter sua resposta aqui publicada mande e-mail para mim jaimedanielleandro@gmail.com .

E aí, você se sente marginalizado pela sociedade?

3 comentários:

Leona Alea disse...

erta vez meu irmão perguntou o que eu fazia pra me divertir.

Eu falei que às vezes jogava RPG.

Ele disse: "Você não faz nada normal?"

Nessa hora eu me senti reprimido! XD

Leonardo T. disse...

Opa! Há muito tempo eu desisti do Orkut, no quesito dar valor às opiniões emitidas por certos membros das comunidades. Na psicologia isso se chama projeção. O indivíduo sente-se fruustrado com alguma coisas e projeta sua frustração em algo. E em fóruns (como os do orkut) parce que esta forma de escapismo pega que nem gripe!

Parabéns pelo Blog!

Jaime Daniel disse...

KoutzUra: Não liga, vc se acostuma... XD

Leonardo: Vc deve ter razão. Eu continuo por lá de teimoso mesmo.
E obrigado por aparecer