segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Don Juan Carlos

Acabei de achar na internet o cartão de imigração de meu pai. Don Juan Carlos veio para o Brasil em 1968, sem parentes aqui, buscando um lugar melhor para viver com sua esposa grávida.


Sem recursos, fez o que pode para sustentar sua mulher e filho, já nascido aqui. Chegou a fazer esculturas de papel-machê para vender na praça da República. Conseguiu um emprego de professor no curso Yazigi e lá ganhou de presente dos alunos o meu primeiro carrinho de bebê.
Mais tarde, por ser fluente em 3 ou 4 idiomas, conseguiu emprego de recepcionista no hotel Ca'D'Oro. Durante um assalto um bandido colocou o cano de um revolver em sua boca e quebrou todos seus dentes da frente.

Tempos depois, já com a boca restaurada (despesa paga pelo hotel), ele impressionou com seus conhecimentos variados um executivo que se hospedara lá. O estranho entregou-lhe o cartão e pediu para que meu pai fosse até seu escritório.
Meu pai, mesmo descrente, acabou indo ao escritório do estranho, que era na verdade um diretor de uma empresa que estava chegando ao Brasil, a Makro Atacadista. Meu pai foi um dos primeiros funcionários da empresa no Brasil, onde continuou trabalhando até sua morte em 1985. Eu tinha então 16 anos.
Eu nunca tinha encontrado nada sobre meu pai na internet. Ver o seu cartão de imigração foi muito emocionante para mim. E tenho muito orgulho de lembrar de sua história. Ele tinha dado entrada nos papéis para se naturalizar brasileiro, mesmo tendo garantido residência permanente no Brasil pois amava muito este país.
Que saudades, pai!!


sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Bom pai ou mau pai?

Poucos dias atrás passei por uma situação desagradável quando levava a Raíssa para escola. Relatar o acontecido é dar muito importância para o sujeito, mas o que me intrigou mais foi ele, sem motivo nenhum, virar e me dizer que eu não sabia ser pai.

Naquele momento preferi deixar isso pra lá mas fiquei com aquilo guardado em um canto da minha mente. Não foi a intenção de me ofender que me incomodava, pois eu nem me lembrava mais da cara do cidadão, mas algo na frase ficava reverberando em minha cabeça, insistentemente. Demorei para me tocar que o que me incomodava era o determinismo da questão de ser um bom pai.

Obviamente o sujeito se julgava um bom pai, e melhor do que eu. Quando deixei claro que não me interessava pela opinião dele ainda o ouvi gritar "eu tenho netos"! Claramente outro fator qualificante que o habilitava a questionar qualquer um que se atrevesse a ficar num raio de 2 metros de proximidade. Pois o fato de ter tido filhos o torna automaticamente uma autoridade em questões de paternidade, como qualquer tolo que não seja eu percebe claramente.

Numa interessante sequência de pensamentos lembrei de um outro caso que acontecera comigo uns três meses atrás. Eu conversava com um conhecido que cordialmente resolveu me esclarecer como o meu tempo era mal administrado, inclusive em relação a cuidar de minha filha. A frase começou com "eu sei que você é um ótimo pai, assim como eu sou um ótimo pai..." e por aí foi. Mas, quando ele disse isso, parei de prestar atenção por alguns segundos por causa da frase, e tive que me esforçar para acompanhar o resto do monólogo.

Porque, pode parecer estranho, mas as duas frases me incomodaram igualmente.

Quando minha filha nasceu, eu parei de trabalhar por cerca de um ano e meio para cuidar dela em tempo integral. Enquanto minha esposa trabalhava eu preparava mamadeira, fazia a papinha, trocava fraldas, dava banho, colocava para dormir... fazia tudo o que fosse necessário. Até hoje, quase sete anos depois que ela nasceu, ainda acompanho tudo o que ela faz, levo e busco da escola todos os dias.brincamos, fazemos lição, inventamos histórias,leio pra ela dormir e aprontamos muita bagunça!

Sou um ótimo pai? Ou sou um péssimo pai?

Não faço idéia.

Como você tem certeza que é um bom pai?Qual é o critério determinante que decide a questão? Qual é a receita básica infálivel que se seguida resulta num pai exemplar recém saído do forno?Ter vários filhos me torna um pai melhor por tentativa e erro? Ou o êxito na tarefa é alcançado se dedicando totalmente a apenas um herdeiro?

Ser pai na verdade é tentar acertar sem saber muito bem onde está o alvo. É seguir o que o instinto manda e torcer para estar certo. Pois não há sensação pior que ver aquele rostinho e pensar "eu errei!"

Por isso, não acredito que alguém possa se considerar um "Ótimo Pai!" Porque, se você já se acha um ótimo pai é porque está fazendo tudo certo, só precisa continuar cumprindo a meta... o nível de sua funcionalidade está satisfatório, então pode se sentir seguro porque, salvo imprevistos, a coisa vai muito bem, obrigado!

Bom, lamento, mas eu não posso pensar assim.

Ser pai é a coisa mais importante do mundo pra mim. Porque EU sou o PAI da minha filha. . Sou eu que ela vai procurar quando quiser um conselho paterno. Sou EU que estarei em suas lembranças cada vez que ela ler ou ouvir a palavra PAI. EU serei uma das principais referências para ela no futuro.

Como então eu posso me satisfazer com algo menos que a perfeição no que se refere a cuidar dela? E, como não consigo ser perfeito, não há como ficar satisfeito.

Tudo que posso fazer é me dedicar ao máximo a ela, e torcer para que meus erros sejam superados (e muito) pelos meus acertos.É estar ao lado dela todos os momentos possíveis e acompanhar orgulhoso sua jornada. E ter humildade para em alguns momentos dizer pra ela "desculpa, filha, eu errei".

Então, senhor do ônibus, pode ficar tranquilo. O senhor tem razão, eu ainda estou aprendendo a ser pai. E planejo continuar aprendendo até o fim dos meus dias.

Será um ótimo aprendizado!

quinta-feira, 5 de março de 2015

1º Encontro das Mulheres RPGistas

Muito tem sido dito a respeito do 1º Encontro das Mulheres RPGistas. Muitos acham que é preconceito, outros acham que é necessário. Algumas mulheres defendem visceralmente o evento, mas vi outras dizendo que não concordam com algumas dessas manifestações. Bom, este é a minha opinião, mas não apenas isso. Este é também um pedido de ajuda! Não se engane. E ele é comprido, então antes de continuar a ler, tenha certeza de que quer realmente saber minha opinião sobre o Encontro das Mulheres RPGistas. Vamos lá então.

Eu tinha algo em torno de 9 ou 10 anos de idade quando voltava da escola pra casa. Eu gostava de voltar a pé, apesar de minha escola (particular) ficar a umas dez quadras de casa. Na ocasião usava uma imitação de quepe da cavalaria americana que meu pai tinha comprado para mim. Eu estava a um quarteirão de casa quando três meninos me derrubaram no chão e pegaram meu quepe. Foram embora andando e rindo da minha cara. 

Apesar de ser o conhecido "CDF", eu praticava todos os esportes da escola, e era confiante o suficiente para me virar medianamente em qualquer briga. Segui os três moleques até a escola deles, uma escola pública a duas quadras de minha casa. Cheguei a tempo de confrontá-los antes de entrarem e chamei-os de ladrões na frente de todos. Desafiei todos eles a me enfrentarem um de cada vez, se fossem realmente tão valentes. Eu estava pronto!

Fui literalmente espancado! Em determinado momento fiquei no chão protegendo o rosto e levando socos e chutes nem sei de quantos garotos. Talvez até de alguma menina do grupo. Eu estava aterrorizado e não conseguia tentar nenhuma reação. A situação só mudou quando um adulto amigo de nossa família viu e tirou o grupo de cima de mim, espantou a molecada e me levou pra casa, todo dolorido. Mas a dor não era o pior! O pior mesmo foi o medo!

Durante anos fui vítima do pânico irracional. Eu só saia na rua nos horários que não coincidiam com a hora de entrada e saída da tal escola. Naquele perímetro de duas quadras ao redor da escola eu sempre andava rápido e olhando para os lados, inquieto. Tinha medo de qualquer escola pública, porque meu medo irracional dizia que aquilo tudo poderia se repetir. Por quê? E quem disse que me importava com o motivo? Eu iria apanhar de novo, MUITO, e por qualquer motivo.

Sim, eu vivia aterrorizado. Um medo insano que me fez deixar de brincar ou encontrar com meus vizinhos de rua durante vários anos. Foi um processo longo para vencer o medo de ser espancado e voltar a sentir confiança em mim mesmo.

Mas por que essa história de infância meio humilhante?

A proposta do 1º Encontro de Mulheres RPGistas é falar sobre situações desagradáveis que mulheres passam em mesas e locais de jogo, entre outras. E não por discordarem sobre tipos de personagem ou rumos da história. Não por preferências de sistemas ou cenários. Não por discutirem regras, ou tradução, ou estilo de jogo. Mas sim por serem mulheres.

Simplesmente por serem mulheres acabam passando por momentos de desconforto por causa de piadas inapropriadas, situações indelicadas, comportamento abusivo ou o simples fato de outro(s) jogador(es) passarem dos limites do que seria um comportamento aceitável entre amigos.

Agora vai um convite a você, meu leitor. Imagine uma pessoa procurando por um grupo de jogadores com quem possa passar algumas horas se divertindo em mundos imaginários, uma simples diversão escapista para esquecer dos problemas do dia a dia, trabalho, estudos, família, mundo louco... Enfim, a simples vontade de encontrar pessoas com gostos semelhantes e esquecer um pouco a realidade.

Imagine agora essa pessoa rodeada de outras e sentindo-se em inferioridade, talvez mesmo física. Continue imaginando essa pessoa percebendo que os caras ao seu redor não se importam muito com ela ou sua personalidade, fazendo piadas humilhantes e desconsiderando suas ideias. Talvez seja pior, talvez os caras tentem abusar dela. Talvez... bom, para terminar esse exercício de imaginação, imagine que essa pessoa seja você!

É fácil dizer que você faria isso ou aquilo nesta ou naquela situação. Mas quem diz isso nunca pensa em se colocar NAQUELE CORPO que passou pela situação. Ninguém para e pensa como pode ser frágil a situação dessa pessoa ou como ela pode ficar em desvantagem diante de um grupo hostil. Simplesmente por ser mulher!

Eu já passei medo. Eu já passei humilhação. E não gostei.

A vida me deu o privilégio de ter várias amigas jogando comigo. Antes e depois dos jogos: amigas; durante o RPG: colegas de armas e aventuras. Não quero pensar em nenhuma delas passando por qualquer das situações de que tenho ouvido falar ou lido a respeito.

Então sim, acho importante o Encontro das Mulheres RPGistas acontecer para elas trocarem experiências. Para que possam conversar sobre como evitar ou lidar com situações desagradáveis em mesas de jogo. Para discutir como mostrar para a comunidade masculina os problemas que elas enfrentam. Para levantar a sua voz e poderem dizer que não aceitam serem tratadas com desprezo.

Esse é o meu pedido de ajuda. Não permita que isso aconteça. Não aceite que isso aconteça. Que as meninas tenham o direito de se divertir jogando e os rapazes tenham o direito de se divertir jogando ao lado delas.

Porque assim todos nós vencemos!

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

De volta? Talvez...

Em 2011 eu parei de escrever aqui para inciar uma nova experiência, o blog Metagamers. Não vou mentir: Amei demais tudo o que fizemos lá, mas eu me iludi sobre os objetivos de cada um e a experiência foi um brilho forte, mas fugaz.
Hoje tenho locais demais para escrever. Em teoria posso escrever ainda no Metagamers, mas é um blog moribundo, se não morto. Eu tenho também o blog da Terra Magic, o meu novo empreendimento, mas lá tenho que ser profissional, e muitas vezes minha opinião não condiz exatamente com o ponto de vista da loja. Tenho também o Facebook, mas... ele é cansativo. Então volto pra cá. Porque quero. Quero voltar a escrever por vontade própria, por diversão e sem necessidade de agradar ou de cumprir obrigações. Vamos ver no que dá!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Vou ali e volto já...

Não é nenhuma novidade que volta e meia a coisa pega e acabo dando um tempo aqui no blog para ir tocando a vida, mas as coisas andaram apertando um pouco mais nos últimos tempos...

Depois da minha saída da empresa, mudanças aconteceram, e nem todas para a melhor. Dificuldades financeiras atrasaram com compromissos, mas espero resolver tudo no fim do mês. Mas, alem do emprego novo, surgiram projetos novos, e creio que vou voltar a dar minhas singelas contribuições ao cenário do RPG.

Lembrando que este espaço não é um blog de RPG, e sim de um jogador de RPG, entendem a diferença?

Por isso, creio que vou continuar afastado daqui, mas em breve devo aparecer em outro local e com um novo pessoal, que tem uma proposta fazer algo diferente do que já temos por aí. Vamos ver o que conseguimos...

Para isso, terei que dar um tempo sem vir a Terra do Nunca... obrigado por aparecerem por aqui e pela atenção dispensada a este velho gamer, espero vê-los novamente em breve.

Enquanto isso, fica aqui uma pergunta:

Vocês, jogadores de RPG, fazem metagaming?

abraços a todos!

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Brasil, sete de abril de 2011


Os pensamentos que passam pela minha mente hoje são:

E se fosse comigo?

E se minha filha estudasse naquela escola?

quarta-feira, 30 de março de 2011

Ei, onde você costuma jogar?


Este fim de semana estava indo para o aniversário da minha amiga Ana Letícia (@anafiori) quando um rapaz me abordou e disse que me conhecia de um evento de RPG na Biblioteca Monteiro Lobato. Para o cúmulo da coincidência, ele estava no mesmo ponto que eu esperando um onibus... para o aniversário de sua amiga ANA LETÍCIA!


Mas minha intenção não é discorrer sobre coincidências, e sim sobre encontros... de RPG. Eu continuo recebendo e-mails de pessoas perguntando sobre o Domingo RPG, procurando local para jogar em São Paulo. Curioso!

Não faz muito tempo tinhamos vários locais diferentes para jogar RPG aqui em Sampa, mas por diversos motivos tais locais foram escasseando. Desinteresse? Cansaço? Fim do modismo?

Eu mesmo me desinteressei um pouco de eventos quando experimentei não divulgar o evento e no dia costumeiro do Domingo RPG (último domingo do mês) NINGUÉM apareceu. Isso associado com o nascimento da minha filha acabou interrompendo a realização periódica do evento. Agora estou aguardando a resposta da BML para voltar a realizá-lo.

Em um post anterior a Paty Serrano, nos comentários, comentou a dificuldade para encontrar grupos de jogo até mesmo aqui em São Paulo. E como gosto de questionar, pergunto a você que lê estas minhas linhas, na sua cidade há um local público em que as pessoas podem jogar RPG?

quinta-feira, 17 de março de 2011

E eu estava errado...


Sim, admito! Quando vi o anúncio do concurso da Secular Games eu achei que não daria certo, e que a participação do público seria pífia. Tudo bem que acho que uma boa parte daqueles jogos já estavam prontos, mas isso não invalida o resultado.




Mesmo sem tempo para escrever mais, faço questão de divulgar o produto do concurso. Precisamos de mais iniciativas como essa, e menos autoglamourização.

Parabéns, Secular Games!!!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Piromaníacos, surpreendam-me, por favor!


Olhando meus posts antigos percebo que a maior parte do que escrevo são textos reativos ou seja, escrevo como reação natural ao que leio ou escuto por aí. Bem, este não irá fugir a essa regra... e como o título já sugere, vamos falar de fogo. Ou talvez seja melhor falar flames?

Frequentar listas, blogs, eventos e papos de boteco é saber que cedo ou tarde, alguem vai tocar em um assunto polêmico e irá acontecer uma discussão acalorada sobre sistemas, escritores ou editoras, com atacantes e defensores ferrenhos com argumentos "avassaladores" e "contundentes" que se atiram no afã do debate sem parar para pensar muito com respeito aos outros ou pesquisar melhor sobre os assuntos debatidos.

Recentemente vi outra discussão em um podcast e, infelizmente, não fiquei surpreso com o que ouvi e li depois. A jogada já é anunciada: ao ler o título você já sabe o que vai ser dito, mas ainda assim espera ser surpreendido. Mas então, pobre de você, descobre que esta se falando mais da mesma coisa.

Eu não vejo problema em discutir de novo certos assuntos. Novas discussões podem servir para entrosar pessoas que desconhecem o assunto. O problema é a repetição ad eternum das mesmas premissas, sem adicionar nada as discussões. Umas das frases mais marcantes da minha vida é "Ninguém é vilão da própria história" e, embora não seja fácil em algumas ocasiões, deveríamos nos nortear mais por esse princípio.

A internet possibilitou que qualquer um com acesso a rede fosse capaz de externar sua opinião para milhões de pessoas que queiram ler, mas isso não isenta (ou não deveria) desse um se responsabilizar por suas declarações. E já há casos de pessoas que foram questionadas legalmente por declarações na internet.


Outro problema interessante é a generalização. A troca dos verbos pode levar o leitor desavisado a uma impressão totalmente errônea. Dizer "eu acho que um carro bateu na rua ontem de noite" é muito diferente de "ontem de noite houve um desastre na rua de casa". Lê-se muito por aí pessoas que colocam impressões pessoais como se fossem verdades já comprovadas e documentadas, sem se preocupar com seus alvos de elogios ou críticas. Alguns nem se preocupam em pesquisar sobre o assunto que discorrem, fazendo deduções empíricas, em geral, condizentes com suas próprias primeiras impressões.

Esse assunto é bem complexo, e não pretendo alongar-me muito neste post, mas vai aqui algumas OPINIÕES MINHAS sobre o assunto do podcast.

- Sobre Dragão Brasil: A revista foi muito importante em sua época, mas acabou ultrapassada. A mídia impressa (alguns com mais sucesso que outros) ainda esta se adaptando a internet, mas uma revista DE RPG naqueles moldes não teria vida longa nos dias de hoje. Mas não há como negar que ela foi importante em sua época, principalmente como iniciativa nacional. Os precursores de uma nova era, com qualidades e defeitos que devem servir para orientar projetos novos. E como muitos, comprei durante anos até que ela parou de ser uma publicação interessante para mim, como eu disse para o próprio Saladino, mas tornou-se mais interessante para outros. Toda publicação tem que definir qual o público-alvo e como cativá-lo. E isso a Dragão Brasil fez.

-Sobre o Trio Tormenta: Conheço muito pouco do Trevisan e esse pouco apenas pelos posts dele nas listas, mas parece ser alguem bem direto no que pensa. Sobre Marcelo Cassaro sei menos ainda, mas parece sofrer de um assédio cansativo tanto por fãs como por destratores, e isso deve realmente cansá-lo. Já Rogério Saladino é um gentleman, muito acessível e simpático, com a vantagem adicional da simpaticíssima Germana. Gostaria de ter mais oportunidades de conversar com ambos...

Já sobre o caso Trio x Telles, acho que não tenho nada de novo para acrescentar ao caso, então seria tempo perdido falar sobre isso. Eu apenas lamento que ninguem queira realmente expor os argumentos de ambas as partes, sem ataques ou injúrias, apenas apresentando fatos e declarações, e que cada um faça seu juízo. Se bem que acho isso realmente desnecessário, inútil mesmo.


Sobre críticas, todos tem direito a dar sua opinião. Mas, para ilustrar o que penso,vou exemplificar. Se eu fizer uma apresentação de tango vou ter dois tipos de críticas:

- Do público em geral, que vai dizer se gostaram ou não
- Dos profissionais da área e entendidos do assunto, que vão analisar minha coreografia e outros aspectos da apresentação.

Qual a crítica que irá realmente me importar? Cada um faz sua escolha.

Ah, sobre os adoradores de flame wars? Hmmm... creio que acabei me afastando do assunto... oras, que queimem nas fogueiras de suas próprias vaidades!

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Retribuindo a gentileza

Como hoje é dia de jogo (aqui em casa, pelo menos), não vou demorar muito, mas tenho que retribuir a gentileza do RPG Pará

O pessoal do belíssimo estado do Pará decidiu que não tinha ninguém interessante e resolveu me entrevistar. Como de costume, eu não tinha nada o que dizer, a não ser distribuir farpas. Como eu terminei de responder as perguntas 2:30 da manhã (e, pra desespero profissional da MC, não revisei o texto) fiz alguns erros, mas peço que ignorem. Também cometi alguns deslizes que prometo depois corrigir.


Então, se você tem paciência para ler o que escrevo aqui, tenha mais um pouco e leia o que escrevi lá. O pessoal merece uma visita sua e aproveite para dar uma espiada.

Tô ficando importante! A próxima é pro Fantástico!! :D

RPG Pará entrevista Jaime Daniel Cancela

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

RPG E EDUCAÇÃO - VOCÊ CONHECE?


Neste último domingo eu fui mediador de um debate sobre RPG e Educação no Workshop da MegaCorp, creio que o grupo que mais atividades fez em prol da divulgação do RPG no Brasil.

Minha função foi meramente decorativa, pois fui desnecessário. Wagner Schmidt e Renato Alves aproveitaram para falar do trabalho deles e tirar dúvidas do público presente. Mas em cada palestra dessas que eu vou, fica sempre as impressão de que o público RPGista NÃO TEM NOÇÃO NENHUMA do que é o uso do RPG na educação. E ainda tem aqueles que "engoliram" a "FASCINANTE AFIRMAÇÂO" de que esse assunto foi criado para defender o RPG. Sobre isso prefiro nem falar nada, mas vários impropérios vem a minha mente...

Lembrei de duas atividades que fizemos numa escola da Zona Sul de São Paulo. A diretora precisava de uma atividade que entusiasmasse as crianças para as aulas de sábado, e levamos uma aventura criada para o 4 simpósio RPG e educação. As crianças adorararam a aventura baseada no universo de Harry Potter, com dragões e harpias, e ainda descobriram (sim, descobriram!) como funcionam as estações do ano.


E esse tipo de atividade na escola ajuda aos professores, aos alunos e ainda divulga a prática do RPG. Então, as minha dúvidas: Por que tão poucos tentam um trabalho em escolas? E por que o RPG e educação é tão desconhecido pelos jogadores, a ponto de passarem impressões errôneas a respeito? De quem é a culpa?

Depois eu falo mais...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Procura-se novos jogadores???

Olhando pela internet, vejo que perdura um problema que muitos reconhecem, mas poucos (como o meu amigo Valberto) realmente levantam a voz para questionar: o quem tem sido feito para atrair novos jogadores?

OK, você é daqueles que acha que nada tem a fazer pelo hobby, que isso é dever das editoras, que jogador não tem que se preocupar com isso, e yadayadayada. Certo, respeito sua posição, mas então também respeite a minha. E a minha singela opinião é que cada um faz o que acha direito, desde que não prejudique ninguém. E se eu quero fazer algo pelo hobby que tanto gosto e possibilitou conhecer alguns dos meus melhores amigos, é meu direito, n'est-ce pas?


E uma maior divulgação do hobby é melhor para todos. Com mais praticantes temos mais gente interessada no assunto, maiores chances de aparecerem novos autores e editores de obras relacionadas, mais locais para jogos e eventos... então, é interessante ou não mais praticantes? E para aqueles que se posicionam, dizendo que RPG deve ser tocado por quem ganha com isso, segue uma pergunta: Vocês SÓ vão em eventos pagos, certo? Não vão em eventos gratuitos, feitos por amadores, que só querem divulgar o RPG? Assim como não leem ou pegam jogos gratuitos na net, certo?

E aí, o que esta sendo feito REALMENTE para atrair novos jogadores ao RPG de mesa?

Hmmm, acho que voltei mais ácido...

Volta do exílio

Após um exílio voluntário, volto aqui para meu canto. Fiquei desde setembro sem acessar internet,com celular desligado e sem procurar ninguém. Meus únicos contatos foram com o meu pessoal que joga todo sábado aqui em casa (graças a Deus!!!) e os poucos que tem o número do meu telefone fixo. E hoje estou achando que poderia ter ficado bem mais...


Depois de alguns acontecimentos decidi que precisava me afastar. Como não tenho dinheiro para ir pra qualquer lado, e não faço o tipo de me enfiar no meio do mato e viver como selvícola, fiz o mais fácil. O fato de estar me dedicando a uma nova vida profissional também ajudou. Sei que muita gente tentou falar comigo nesse período, mas quem realmente precisasse poderia chegar em mim por vários modos.

E agora, desiludido com meu novo trabalho (uma empresa que exige profissionalismo mas não sabe ser profissional...), volto ao mundinho que deixei para trás... e não esta muito diferente...

Caramba, é como aquela música do Roberto Carlos, "acho que só eu mesmo mudei..."

Ah, e já disse, NÃO ESTOU MAIS NA D3STORE!!

terça-feira, 22 de junho de 2010

E no fim era mesmo o GURPS...

Então, não vou citar aqui todo o assunto que esta mais que comentado em toda blogosfera de RPG: Gurps quarta edição será publicado pela Devir Livraria. Digite no google e vocês acharão um monte de outros blogueiros melhores que eu falando do assunto.

Mas eu vou me permitir um último comentário, depos de tanto tempo falando em toda parte e recebendo chacotas ou comentários de incredulidade.



FALEI, NÃO É MESMO? EU DISSE E ACONTECEU!

E todo aquele pessoal que ficou falando, onde está agora?

talvez eu devesse ser mais magnânimo... ou não!!!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Opinião - Atual momento do RPG nacional

O assunto da semana tem sido o comentado Top Secret da Devir Livraria. De uns tempos pra cá o público passou a acreditar que o RPG da editora paulista ficaria relegado apenas a D&D e Mundo das Trevas. Esse mesmo público vê agora surgir uma nova possibilidade.

Mas qual é a grande surpresa? Bem o lançamento será revelado muito em breve, e este não é o objetivo deste post. Vamos tentar olhar a situação de um ângulo um pouco maior.

Na RPGCON teremos também o lançamento de Tormenta RPG, possivelmente o mais esperado livro neste ano da editora Jambo. Para aqueles que não apreciaram a quarta edição do D&D e não tem como jogar Pathfinder, essa provavelmente será sua melhor opção para seus jogos com magos, guerreiros e dragões. A não ser que...


Por outro lado, a Retropunk está aí prestes a anunciar o lançamento de Rastros de Cthulhu, outro jogo baseado nas obras de H. P. Lovecraft que utiliza o bem bolado sistema Gumshoe, que recomendo a todos que queiram jogar um bom jogo de investigação com os Mythos.

E as coisas não param por aí. A Daemon e a Conclave estão estranhamente silenciosas, mas não estão mortas. Numa troca de e-mails que tive a pouco tempo atrás, um dos editores da Conclave me disse que a editora estava em reformulação e que brevemente traria novidades.

E não é só. Com as outras opções gratuitas que tem aparecido na net, como o Old Dragon, Mighty Blade, NanoRPG, Ação! e outros, a gama de RPGs gratuitos para diversos gostos também aumentou muito.


Já faz um bom tempo que não temos dois lançamentos simultaneos (ou quase) num grande evento de RPG. Seria esse sinal de uma mudança no panorama do Role Playng Game no Brasil ou é apenas uma coincidência? Será que estamos no começo de um restart de frequentes lançamentos ou esta é apenas uma "boa fase" passageira?


Bom, eu não sou um expoente no cenário RPGístico, mas com este artigo eu começo uma série de artigos em diferentes blogs e portais. O objetivo disso é começar uma grande discussão na blogosfera sobre o momento do RPG nacional, para melhor expormos as diferentes opiniões sobre o assunto. Será o (talvez) início de um tipo de Meta-coluna, em que a discussão sobre um determinado assunto será debatida em larga escala em blogs, portais e sites. Planejo depois de 20/07 fazer uma coletânea das opiniões e lançar um novo assunto, vamos ver o que sai daí.

Meus indicados são

Crstiano Lagame, Spell RPG
Felipe "Shingo" Watanabe, Paragons
Fellipe Soares, Defensor3
João Paulo "Nume Finório", .20

E você, o que acha? Novos tempos?